Bruno Castilho
07/03
O desenvolvimento de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é algo desgastante tanto para o professor como para o aluno.
É claro que os alunos têm perfis diferentes mas não é raro que boa parte entenda o TCC como algo burocrático, apenas para "cumprir tabela" e obter o diploma.
Observando o lado do professor, o desafio é enorme visto que ele realiza múltiplas tarefas simultaneamente e ainda tem o papel de orientador.
Não vamos entrar aqui no mérito da finalidade do TCC e do seu valor agregado para o aluno.
Por outro lado, vamos avaliar as oportunidades que o professor têm para aumentar as chances de sucesso do aluno nessa atividade.
Sabemos que cada aluno tem um perfil e uma postura diante da pesquisa e isso também define seu nível de comprometimento e responsabilidade.
Na entrevista inicial de orientador-orientando, o professor até consegue identificar uma parte desse perfil, mas é no dia-a-dia que as coisas acontecem.
A questão não é apenas pegar mais ou menos leve de acordo com o perfil do aluno, e sim usar um processo que seja eficiente para esse acompanhamento.
Se o professor pretende que o aluno faça um trabalho de qualidade, terá que guiá-lo durante as fases da pesquisa.
Guiar é fazer perguntas para cada trecho do trabalho de maneira que o desenvolvimento ocorra por fases, para que o aluno possa se basear em perguntas para pensar, pesquisar e escrever.
Isso não significa apenas revisar o significado de metodologia de pesquisa e pedir para que ele leia um manual com regras do TCC.
A ideia é definir entregas pequenas da pesquisa que devem ser feitas num curto espaço de tempo.
Além disso, o professor pode pedir que o aluno avalie como está sendo o seu desempenho como orientador e o dele como orientando.
Aqui está uma oportunidade de fortalecer o comprometimento do aluno e evitar ruídos na comunicação durante a pesquisa.
Crie espaços para ouvir o que o aluno tem a dizer e não somente leia o que ele escreve do assunto pesquisado.
Com isso, o laço se fortalece e a relação tende a ficar mais transparente.
E por que ouvir o aluno é relevante?
Sabendo qual é a percepção do aluno, você tem a oportunidade de avaliar se o apontamento faz sentido e melhorar seu desempenho.
O mesmo acontece do lado dele.
A relação orientador - orientando pode ser muito mais rica quando as partes atuam dessa forma.
É claro que para fazer isso, o professor vai precisar de bons instrumentos de avaliação e controle para guiar o aluno e monitorar esses indicadores.
Não dá para fazer realizar esse tipo de acompanhamento para um número maior de alunos de forma manual.
É nessa parte que entra a tecnologia para ajudar o professor.
Com tecnologia, o professor aumenta o seu controle e atua como maestro.
E com controle, vai ter mais autonomia e até flexibilidade para conduzir diversas pesquisas ao mesmo tempo.
Os indicadores de satisfação e de desempenho que o professor pode criar vão dar uma pista da medida que cada orientação merece, de acordo com o resultado do trabalho e com a opinião do aluno.
Em resumo, o aluno pensa, pesquisa e escreve melhor e o professor descobre problemas mais rápido e atua para ajustá-los ou mostrar caminhos para que o aluno possa fazer.
Não dá para esperar um trabalho de qualidade se o aluno ficar isolado.
A tecnologia pode ajudar o professor como um meio para que ele torne a sua orientação ainda mais eficiente.
Estando presente, o professor vai testemunhar a verdadeira trajetória do aluno e compartilhar toda a sua experiência para ajudá-lo.
Não tenho dúvidas que o resultado será extraordinário, você tem?